Dados Acadêmicos

  • Autor

    JAQUELINE DE MEDEIROS MIGUEL

  • Orientador

    Marcos Roberto Kuhl

  • Universidade

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTROOESTE

  • Tipo de Curso

    Especialização/MBA

  • Tipo

    Artigo

  • Ano de Produção

    2017

Resumo do Projeto

Introdução

Registros históricos mostram que trabalhos de forma cooperativistas estão presentes no cenário socioeconômico brasileiro desde o século XVI. Associações cooperativistas surgiram na época do Brasil Colônia, onde os negros organizavam em quilombos, lutando pela liberdade e trabalhando de forma colaborativa e mais adiante no século XVII jesuítas deram início a prática de missões coletivistas com índios (BÚRIGO, 2010). Segundo Meinein (2016) o cooperativismo gera riqueza e partilha com os cooperados, pois os cooperados são no mesmo indivíduo o beneficiário e proprietário, onde todos prosperam conforme sua cooperação e trabalho. Entre as primeiras cooperativas que surgiram no Brasil, estão as de setor agrícola e de crédito, as cooperativas agrícolas captavam recursos de banqueiros ambulantes para poder comprar insumos e produzir, assim surgiu à necessidade das cooperativas de crédito. As cooperativas surgiram no final do século XIX, uma de suas vertentes era o movimento sulista, que criou cooperativas de crédito rural e agrícola em Santa Catarina e Rio Grande do Sul (BÚRIGO, 2007). Segundo Zanette et al. (2008) as cooperativas de crédito têm como premissa o desenvolvimento socioeconômico pela geração de resultados, diferente das intuições financeiras tradicionais que visam o lucro. As cooperativas atuam de forma colaborativa, prestando serviços, fornecendo acesso ao crédito aos seus associados, operando de forma sustentável e promovendo o desenvolvimento socioeconômico e para sobreviver no meio do competitivo mercado financeiro, adotam processos gerenciais que envolvem planejamento e controle. Entre os diferentes processos de controle, o planejamento orçamentário tem papel fundamental para a continuidade e prosperidade das organizações. Sistemas orçamentários atuam viabilizando a existência de controle e planejamento, o planejamento fixa objetivos e o orçamento é elaborado com fim de alcançá-los, além disso, o acompanhamento e controle são elementos fundamentais dentro do processo, com eles é possível mensurar se os objetivos e metas estabelecidos pelos gestores foram atingidos (ALMEIDA et al.,2009). O planejamento orçamentário tem papel fundamental como uma ferramenta de controle, com ele é possível conhecer a realidade econômica financeira e conciliá-los com os objetivos da organização. O orçamento permite o planejamento de ações em todos os departamentos, estimando gastos e ações necessárias assegurando o aporte necessário para seu funcionamento (GUIDANI; PINTO, 2016). O objetivo geral do presente estudo será identificar e analisar as principais práticas orçamentárias adotadas em uma central de cooperativas de crédito rural. Para alcançar o objetivo geral, buscam-se objetivos específicos como: (I) Verificar as práticas adotadas para a elaboração do orçamento; (II) Identificar as práticas de acompanhamento do orçamento; (III) Analisar estas práticas à luz da teoria sobre orçamento e controle orçamentário. O estudo ficará limitado a uma central de cooperativas de crédito (Cresol), cuja sede está localizada na cidade de Francisco Beltrão, no interior do Paraná. Ficará limitado ainda por um corte temporal, ou seja, o estudo irá abranger as práticas adotadas apenas nos últimos 10 anos (2008 a 2017). Como a Central Cresol Baser está situada no sudoeste do Paraná, com expansão de cooperativas em todo Brasil, um estudo sobre o controle orçamentário será importante tanto em termos práticos (empíricos) como em termos teóricos.

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