Dados Acadêmicos

  • Autor

    CLÉRISON DE SANTANA OLIVEIRA

  • Orientador

    Fagner dos Santos Araújo

  • Universidade

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTROOESTE

  • Tipo de Curso

    Outros

  • Tipo

    Plano de Ação Cooperativo

  • Ano de Produção

    2018

Resumo do Projeto

Introdução

Remontam às civilizações antigas, como a Babilônica, a prática das pessoas guardarem bens que consideravam valiosos para suas vidas em locais que julgavam seguros e confiáveis. Nos antigos templos religiosos, além de adorar seus deuses, as pessoas viam as condições necessárias para guardar esses bens, autorizando os sacerdotes a emprestarem parte dessas riquezas, como os grãos de trigo e cevada, para que outras pessoas pudessem produzir e devolver com uma parte a mais em forma de pagamento pelo empréstimo. Mais tarde, com o surgimento do dinheiro (ainda como moeda-mercadoria), as pessoas que o utilizavam na compra e na venda de mercadorias precisavam de maneiras e lugares seguros para guardá-lo. Tendo surgido então os cambistas (pessoas que trocavam um tipo de moeda por outro) e os prestamistas (pessoas que emprestavam dinheiro), principalmente entre os gregos, romanos e árabes. Posteriormente, ainda na Idade Média, foi a vez de os ourives (pessoas que trabalhavam o ouro e outros metais preciosos) se encarregarem de trocar, emprestar e cuidar do dinheiro. Essas pessoas, em geral, eram homens de confiança, que guardavam em seus depósitos as riquezas de alguns clientes e as emprestavam a outros, cobrando por esses serviços. Os ourives entregavam recibos às pessoas, com anotação da quantidade de dinheiro que elas lhes davam para guardar. Entretanto muitas daquelas pessoas, em vez de voltarem ao ourives para retirar o dinheiro, começaram a utilizar os recibos para fazer pagamentos, dando origem as primeiras cédulas (Banco Central do Brasil, 2018). Deste modo, podemos observar que a intermediação financeira não é algo novo. Promover o “encontro” entre as pessoas que tem recursos para guardar e aquelas que precisam destes recursos para realizar suas necessidades, ao longo do tempo, se tornou algo cada vez mais necessário, gerando oportunidades para estes e também para quem faz essa intermediação. No mundo moderno essa intermediação de produtos e serviços financeiros passou a ser realizada por instituições financeiras, sob as normas dos bancos centrais dos diversos países. E, entre essas instituições, as cooperativas de crédito têm conseguido galgar lugar de destaque. Com a globalização, o acesso à informação e às tecnologias disponíveis, o atual mercado financeiro tem se apresentando de forma cada vez mais dinâmica e diversificada. Na atualidade, qualquer pessoa em qualquer parte do mundo, consegue “guardar” seus bens financeiros em aplicações com diversas possibilidades de remuneração, níveis de risco, garantias de segurança e de liquidez. Entre os diversos investimentos financeiros existentes podemos destacar os Fundos de Investimentos (renda fixa, ações, cambial e multimercado), os Títulos Públicos, as Letras de Crédito Agrícola e Imobiliário, as Debêntures, os Certificados de Depósitos Bancários e os Recibos de Depósitos Bancários, os Certificados de Operações Estruturadas, o Mercado de Ações, a Poupança entre outros. Dessa forma, podemos concluir que embora as instituições financeiras devam dispor de capital próprio para realizar suas operações de crédito, a captação de depósitos é a base fundamental para que possa ampliar sua carteira, potencializando seus negócios e obtendo o spread necessário à sua manutenção. Entretanto, para viabilizar tal captação se faz necessário que a instituição financeira adquira amplo conhecimento sobre o mercado financeiro, para poder realizar a intermediação de operações entre os seus clientes de forma eficiente para estes e para si mesma. Assim, para que se possa garantir eficiência num complexo e diversificado mercado financeiro, as cooperativas de crédito necessitam de constante qualificação para a realização de intermediações financeiras, buscando satisfazer aos interesses dos seus associados com segurança, rentabilidade e liquidez, mas também buscando bons resultados operacionais, crescimento e consolidação no mercado financeiro.

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