Dados Acadêmicos

  • Autor

    Joselaine Correa de Souza

  • Orientador

    Cristiane Zuffo da Silva Marasca

  • Universidade

    UNIVERSIDADE PARANAENSE

  • Tipo de Curso

    Graduação

  • Tipo

    Artigo

  • Ano de Produção

    2020

Resumo do Projeto

Introdução

Sustentabilidade é um composto de ações que visam atender as necessidades da atual geração, sem comprometer as futuras, mantendo a integridade do planeta, conservando seus ecossistemas e permitindo assim a continuidade da vida. Ou seja, a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico estão ligados, de maneira inteligente, na preservação dos recursos naturais, garantindo o futuro humanidade [1,2]. Entretanto, essa necessidade não era vista pela sociedade até final da década de 1970, onde anseios ambientais eram considerados por eles como responsáveis pela baixa do lucro e aumento do produto interno bruto, prejudicando assim, o desenvolvimento econômico. Todavia, a partir de 1979, esse comportamento de esfera mundial perdeu estabilidade mediante um pensamento inovador, o desenvolvimento sustentável, que era nada a mais que o desenvolvimento econômico planejado e contínuo em longo prazo [3]. Desde então, o termo sustentabilidade tem sido tema principal de importantes eventos, como a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano – United Nations Conference on the Human Environment (UNCHE), ocorrida em junho de 1972, em Estocolmo. Ficou conhecida como a primeira grande reunião entre representantes de vários países, onde debateu a situação degradante do meio ambiente. No Brasil, ações sustentáveis como a educação ambiental começou a ser difundida a partir de 1973, com a criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), pelo Ministério do Interior [4]. Posteriormente, em 31 de agosto de 1981 foi sancionada pelo presidente da república a Lei n° 6938, que foi um marco para questões de sustentabilidade, onde delibera sobre a administração do meio ambiente em território brasileiro, com intuito de preservar e recuperar habilidades naturais do ambiente, necessárias à continuidade da vida para as futuras gerações, garantindo meios ao desenvolvimento socioeconômico, assegurando a economia nacional e protegendo o ser humano [5]. Hoje, a sustentabilidade tornou-se tão importante, que tem conduzido diretrizes de incumbência social de empresas, com o objetivo de manter o equilíbrio ambiental, através de ações ecologicamente corretas. Este comportamento tem induzido colaboradores e comunidade a apresentar a mesma consciência. Prova disso é o destaque atribuído às empresas com produtos e ações sustentáveis e a grande demanda por parte dos consumidores, que estão cada vez mais cientes da responsabilidade ecológica de suas preferencias [6]. Apesar da conduta de responsabilidade com os valores ambientais e sociais impostas as empresas, respaldadas na conservação da natureza e desenvolvimento do bem estar dos seres humanos, dispõe também de privilégios como a ascensão da personificação da empresa perante os clientes e a sociedade, diminuição nos gastos de produção, contribuição na preservação do meio ambiente, contentamento dos servidores e colaboradores e uma elevação de valor no mercado de ações. A empresa que escolhe ser sustentável concede inúmeros benefícios ao consumidor e mostra-se digna de confiança do meio em relação ao uso dos recursos naturais. No entanto, incumbe ao empreendedor a escolha da melhor certificação para seu empreendimento, conforme sua realidade e condição [6,7,8]. A ideia da certificação de sustentabilidade surgiu por volta de 1980, na Europa. No Brasil, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92), que ocorreu em 1992, na cidade do Rio de Janeiro, criou a Comissão das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável (CSD). Outro grande feito desta conferência foi a Agenda 21, um documento definindo os pontos importantes que cada país deveria estudar, juntamente com seus governantes, empreendedores, ONGS e sociedade em geral, para amenizar a degradação do meio ambiente. Na Agenda 21 foram dispostas também diretrizes para a criação e a execução de indicadores de sustentabilidade [9]. Das práticas sustentáveis recomendadas na Agenda 21, a certificação tem se distinguido no meio, condigno as ações que visam aprimorar a gestão das obras, atenuando gastos e utilizando de maneira consciente a matéria prima, concedendo ao empreendimento certificado confiabilidade e melhor valorização de mercado [10]. Dentre as certificações mais renomadas e solicitadas no mundo, encontra-se a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), disponibilizada no Brasil pela Green Building Council Brasil (GBC Brasil), corporação esta integrante do World Green Building Council (WGBC), uma organização mundial, que institui a formação de Conselhos Nacionais, com o objetivo de produzir inovações para a preservação do meio ambiente na construção civil. Aceitável em quase todos os modelos de projetos construtivos, bairros e centros urbanos, o Leed oferece suporte para a criação de construções sustentáveis, que após certificadas, atraem vantagens admiráveis além do âmbito social e ambiental, como por exemplo, concede ao empreendedor maiores rendimentos financeiros [11,12]. As concepções formadas em relação à Certificação LEED, consistem em teses que comprovam a maneira que uma edificação sustentável está se comportando para amenizar os impactos à natureza, aproveitando sabiamente os materiais e bens naturais. Neste sentido, as construções que desejam aderir ao desenvolvimento sustentável, necessitam evidenciar qualidades peculiares, demostrando todas as ações adotadas para obter a certificação [13]. Desta maneira que a nova sede da Central da Cresol Baser, em Francisco Betrão/PR tornou-se referência de sustentabilidade no sudoeste do Paraná. Nascido no ano de 1995, o sistema Cresol surgiu da união de agricultores, um grupo de 100 sócios-fundadores, que buscavam reduzir a pobreza no interior e a valorização da agricultura familiar. Um ano após ser fundado, o sistema Cresol contava com mais de 1600 cooperados, hoje, a mais de duas décadas, passam de 200 mil famílias cooperadas em dez estados brasileiros, que podem contar com o empenho das cooperativas para o seu desenvolvimento socioeconômico. A cooperativa demonstrou sempre em suas ações ser preocupada com o meio ambiente, evidenciando isto ao iniciar o projeto da nova sede, totalmente inovador, voltado à sustentabilidade e preservação dos recursos naturais. Atualmente, a sede nacional do sistema Cresol está entre as 10 construções mais sustentáveis do estado, considerada uma das obras mais modernas do segmento, recebendo recentemente a certificação Leed Platinum, selo de maior reconhecimento internacional, sendo a única no sudoeste do Paraná [14].

Downloads

Downloads